2 de junho de 2011

Yorkieshire Terrier : O pequeno lobo escocês

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Yorkshire terrier[Nota], também chamada york e yorkie, é uma raça canina de pequeno porte do grupo dos terriers. De acordo com a Federação Cinológica Internacional, é a raça de padrão 86, inserida no grupo 3, pertencente a seção 4. Inicialmente criada para ser rateira, seus criadores perceberam de cedo o potencial para uma bem sucedida raça de companhia. Após cruzamentos específicos, o padrão de tamanho, beleza e comportamento foi atingido, o que o tornou um animal popular em poucos anos.

Seu físico é descrito como diminuto e proporcial, de pelagem macia, lisa e comprida, o que lembra o cabelo humano. Sua coloração é difícil de ser obtida, o que o torna ainda mais interessante. Sua personalidade, descrita por alguns como grande para seu tamanho, é classificada como destemida, carinhosa, afetuosa, versátil e independente, o que atraiu a atenção dos lares do mundo inteiro, fazendo do yorkshire o cão miniatura mais popular de todos. Inteligente, é também o número um no grupo dos terriers em lista elaborada, que divide a inteligência canina em ranking.

A busca pelo animal perfeito gerou problemas específicos para a saúde dos exemplares modernos, bem como carcterísticas psicológicas negativas e termos inexistentes, que prejudicam o bom desenvolvimento de certos indivíduos, além dos problemas de saúde comuns a todos os caninos.

Presente na cultura humana desde o seu surgimento como raça canina, foi o cão favorito na Inglaterra, o primeiro campeão nos Estados Unidos em exibição de raças, o preferido no Brasil por seguidos dez anos e o terceiro cão mais popular em Portugal. O menor de todos os terries, tem como destacados exemplares um campeão de pistas e uma soldado da Segunda Guerra Mundial.

Origem e evolução

Huddersfield Ben e Katie: Imagem de 1870, pouco depois da primeira aparição de um exemplar da raça, apresentada à nação inglesa.

O surgimento desta raça está atrelado a fatos históricos ocorridos na Grã-Bretanha, mais precisamente na Escócia, antes de seu reconhecimento oficial. Ao fim do século XI, servos e trabalhadores adquiriram a permissão de criarem cães, porém seu tamanho não deveria ultrapassar o de um aro metálico de sete polegadas de diâmetro, o que acredita-se ter sido possível fator para o início dos cruzamentos artificias que deram origem às raças posteriormente chamadas de terriers. Nessa época o cão que passasse sem problemas por este aro era considerado pequeno o suficiente para não caçar, já que a classe servil à qual pertenciam seus donos não tinha o direito à caça de subsistência.[1]

Até o século XVIII a maioria dos britânicos trabalhava na agricultura mas, com o advento da revolução industrial, houve grandes mudanças na vida familiar e muitos, ao lado de seus cães, deixaram o campo para se transferirem ao Condado de Yorkshire, onde cresceram pequenas comunidades ao redor das minas de carvão, dos moinhos têxteis, e das indústrias de lã.[1] Mais diretamente ligado ao surgimento dos yorkshires, dita uma raça relativamente recente, estão os cruzamentos entre vários cães de pequeno porte já conhecidos desde então, que se aglomeraram junto a seus donos nas cercanias destes centros de trabalho. De todas as teorias sabidas a mais aceita fala de cruzamentos naturais entre black and tan, skye terrier, dandie dinmont e até mesmo maltês, todas tradicionamente conhecidas como caçadoras em tocas, e que estavam presentes nas regiões de Manchester e Leeds, ocupadas pelo novo cenário que surgia de crescimento urbano.[2]

Nessas comunidades, com destaque para a composta pelos operários de West Riding, estes cães passaram a ser vistos não apenas como animais de companhia em casa e nas minas de carvão, mas como úteis rateiros na caça aos roedores que se escondiam por baixo dos terrenos das casas, e nas competições de bar, nas quais estes caninos disputavam o posto de maior matador de ratos em apostas para posteriormente serem vendidos como valiosas peças.[2] Bem sucedido como companheiro e caçador, chamou a atenção de criadores que, entusiasmados, iniciaram um novo processo seletivo na busca de um melhoramento do padrão e das características de beleza e como rateiro. Estes processos iniciais, acredita-se, foram os que geraram o primeiro cão projetado e produzido com sucesso, cujo comportamento deveria ser corajoso, o tamanho diminuto e a aparência bela.[3] Fisicamente estes cães acabaram por pesar entre 5 e 7 kg e tinham o pelo macio e rajado, como ainda pode ser visto na raça moderna.[2]


A criação da específica raça é creditada ao cavalheiro inglês Peter Eden, um notável criador da época e respeitado juíz de competições oficiais. De sua posse faziam parte exemplares de palagem longa e acetinada azul e fulva, bem como o ancestral de um dos mais conhecidos yorkshires de exposição da época, além de ter-lhe sido atribuído o primeiro registro de um yorkshire no Livro de Criação, sob o nome "terrier escocês de pêlo curto e yorkshire".[3] No século seguinte ao início do êxodo para as cidades, por volta do ano de 1861, o yorkshire foi apresentado pela primeira vez à nação inglesa em Birmingham, quando desfilou como variedade especial de uma outra raça. Alguns anos mais tarde apareceu em sua primeira exposição canina, foi reconhecido como raça pelo American Kennel Club,[4] e inserido no Britsh Kennel Club sob o nome de yorkshire terrier, cujo primeiro padrão previa dois grupos distintos: um para os exemplares de até 2,3 kg, preferidos para companhia, e outro para os de até 6 kg, prediletos para a caça aos roedores. Em 1898 foi criado o primeiro clube dedicado restritamente à raça.[5]

Ao fim da Era vitoriana a raça atingiu ascensão social por ter sido escolhido pela rainha Vitória como seu cão de estimação, passando então a figurar como companhia das senhoras aristocratas e da alta burguesia, que ornamentavam seus animais de acordo com o modelo da roupa que usavam no dia. A partir de então o ora caçador eficiente tornou-se em definitivo um cão de companhia de luxo, como se vê modernamente ao lado de celebridades. Foi devido ao seu diminuto tamanho - ele é o menor de todos os terriers[6] - e aparente fragilidade, que o yorkshire, quase sempre chamado apenas de york, manteve sua popularidade no mundo, sendo frequentemente escolhido por pessoas que moram em casas pequenas ou apartamentos para serem suas companhias. Graças a sua personalidade, entretanto, também é animal preferido por donos que ocupam grandes mansões, não se limitando então aos que possuem reduzidos espaços.[5]

O yorkshire terrier, como conhecido nos dias mais próximos, difundiu-se por todo o mundo. Em 1932 apenas trezentos foram registrados no Kennel Clube Britânico, ao passo que em 1957 este número subiu para 2 313 e, em 1970, chegou a ser a raça mais popular da Inglaterra. Na década de 1990 atingiu o ápice de exemplares em lares, ao atingir os 25 665. Contudo este número reduziu-se próximo da metade em apenas quatro anos.[1] No ano de 2009 foi eleita uma das dez raças mais populares do mundo em pesquisa que ressaltava seu temperamento corajoso, seu companheirismo e o seu tamanho, próprios para companhia

Comportamento e relacionamento com o homem

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Ricky Luck 3 anos
A inteligência canina é campo ainda sob estudos. Contudo, uma das listas mais conhecidas foi a elaborada pelo veterinário e neuropsicólogo, Stanley Coren, na qual divide a inteligência dos cães em três: adaptativa (capacidade de resolver problemas), instintiva (comportamento ditado geneticamente) e de obediência (capacidade de obedecer a comandos). Nesta listagem, o yorkshire terrier ocupa a 27ª posição, ao lado do chesapeake bay retriever e do puli, sendo classificado o mais inteligente entre os terriers, duas colocações a frente do segundo representante deste grupo, o airedale terrier, bem como qualificado como um cão de trabalho acima da média.[50]
Sua personalidade, apesar do tamanho reduzido, é em geral vista como aventureira. É ainda classificado como um pequeno animal cheio de energia, bravo, leal e esperto.[13] Ainda sob aspectos gerais, é um canino de temperamento descrito como carinhoso e afável, características primordiais para o sucesso como cão de companhia em lares ao redor do mundo. Por seu tamanho, é capaz de conviver com crianças, embora não aprecie o convívio com outros cães, já que é um animal territorial. Tal adjetivo o torna um bom cão de guarda, sempre alerta e atento, apto a dar sinal ao menor dos ruídos. Esta qualidade é também vista como um defeito, já que o alarme é dado através de latidos constantes. Qualificado como ativo, é ainda independente, já que não tem como preferência ficar no colo de seu dono, embora não goste de passar muito tempo sozinho. De acordo com classificação geral de adestramento canino, o yorkie é um animal que apresenta desafio de obediência moderado a donos inexperientes.[5][16][51]
Presente nos lares desde a Revolução Industrial, é um cão bastante popular ainda nos dias de hoje, sendo considerado o cão de raça miniatura mais popular do mundo.[52][53] No Brasil é desde 2001 a raça número um;[5][54] Em 2007, figurou como a terceira raça mais popular em Portugal; E, em 2009, foi eleita a terceira raça mais popular em todo o mundo[7] embora, três anos antes, também tenha sido o primeiro colocado em lares da Espanha.[55]
Versáteis e facilmente adaptáveis, estes são animais criados para viverem dentro de um apartamento ou em uma fazenda. No entanto, requerem cuidados não importando onde seus donos desejem morar. Até os seis meses de vida ou até que seja vacinado, é indicado que o yorkie permaneça dentro de casa, a fim de evitar doenças e o próprio ambiente externo em si, no qual poderá cavar, rastejar e fuçar. Como animal ativo, necessita ainda de exercícios diários, não apenas para desenvolver sua musculatura e suas habilidades instintivas, mas também para manter-se calmo e obediente, o que evita o estresse e, consequentemente a depressão.[56]


Os yorkshires na cultura humana

Exemplar em competição de pista na Islândia.
Os yorkshires são presença constante na cultura humana desde que surgiram como caçadores em miniatura na Europa. Úteis, foram usados como rateiros nas sujas vilas britânicas que nasciam ao redor das grandes fábricas. Ao notar sua eficiência enquanto trabalhador, o homem passou a usa-lo em competições de rateiros em bares da região de Yorkshire: quanto maior o número de ratos apanhados, maior era o valor do vencedor. Atrelado a este valor estava também a busca por cães menores, mais ágeis, belos e versáteis, sempre com o foco no lucro. Quando por volta de 1859 surgiram as primeiras exposições, os pequenos cães já eram os favoritos na Inglaterra, sendo então acasalados entre si, para gerarem exemplares ainda menores e puros.[57]
Após os esforços de aperfeiçoa-los, os yorkshires começaram a conquistar inúmeros títulos e prêmios ao redor do mundo em pistas de glamour e exposições de raças. Do maior campeão da raça e um dos primeiros a se destacar permaneceram seus trinta filhotes, cujo padrão é bastante semelhante ao estabelecido pela FCI, e cujo neto conquistou o primeiro título norte-americano em exposições.[57]
Como cão da moda, o yorkie substituiu o poodle na década de 1960.[16] Na imagem, um exemplar adulto no colo de Audrey Hepburn, famosa atriz belga duas vezes vencedora do Oscar.
Bem como ocorrido com inúmeras raças, a yorkie teve sua criação prejudicada durante a Segunda Guerra Mundial, quando praticamente parou de ser desenvolvida após se tornar popular na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. No entanto, sem sofrer com inúmeras baixas ou com o perigo da extinção, sua criação foi retomada com o fim da guerra, em 1945.[58] Famoso, tornou-se o cão ideal de muitos lares, seja por sua beleza, seja por sua personalidade. Por vezes considerado uma raça da moda,[16] pode ser facilmente visto na companhia de celebridades como Xuxa, Gisele Bündchen e Brett Favre.[59][60]
Entre os yorkshires que se destacaram na sociedade humana, pode-se citar Smoky, que serviu na Segunda Guerra Mundial. Encontrada em 1944 por um soldado americano na Nova Guiné, pensou-se que ela pertencia aos japoneses. Como a cadela não entendeu nenhum dos comandos na língua oriental, bem como na língua inglesa, foi vendida ao Cabo William A. Wynne, acompanhando-o em campo de batalha, acondicionada em sua mochila durante as patrulhas aéreas. Tendo aprendido truques, Smoky passou a entreter as tropas durante as viagens da Austrália à Coréia. Com o fim da guerra, mudou-se para os Estados Unidos com seu dono, onde teve sua história contada em um jornal e onde acabou por tornar-se famosa. Por dez anos Smoky viajou por todo o país fazendo apresentações e aparecendo em programas de TV. Faleceu em 21 de fevereiro de 1957, aos aproximados quatorze anos. Em 11 de novembro de 2005, Dia do Veterano, foi inaugurado um monumento no Cleveland Metroparks, na Reserva de Rocky River, em Ohio, em sua homenagem. A escultura mostra a cadela sentada dentro de um capacete de guerra. Em Cleverland existe ainda um memorial, no qual vê-se sua foto e lê-se a seguinte passagem: O menor soldado da Segunda Guerra Mundial e o mais famoso cão de guerra.[61]
Outro destacado yorkshire foi Blairsville Royal Seal, também conhecido por "Tosha", apelido ganho de seus admiradores. Criado por seu proprietário Sr. Brian Lister e sua esposa, Rita, foi considerado o "rei entre os cães". Tosha ficou conhecido por sua presença, sentida até mesmo por um novato. Seal foi um dos mais famosos cães de pista de todos os tempos e, durante sua carreira de exposições, conquistou 50 CCs, sob os olhos de 50 juízes diferentes; foi best in show por 12 vezes, e por 16 vezes reserva de best in show; conquistou 33 prêmios de Melhor de Grupo; e foi ainda o Top Dog de todas as raças durante dois anos consecutivos, tornando-se assim o antepassado de muitos campeões, caracterizando, ainda hoje, um diferencial nos pedigrees de alguns yorkshires atuais. Morreu aos quinze anos de idade, em 1988, mesmo ano em que seu recorde de CCs fora quebrado por Osman Sameja, que encerrou a carreira com 52, embora admita-se hoje que alguns resultados foram duplicados.[62]
Algo bom ou ruim para seu desenvolvimento como raça, outros três yorkshires ficaram famosos após figurarem, em 2005, no Livro dos Recordes como os menores cães vivos do mundo: Pequeno Pinóquio e Whitney foram marcados com, respectivamente, 10,3 cm no comprimento e 7,6 cm na cernelha. No entanto, como de fato o menor cão do mundo em ambas as medidas, esteve o yorkshire do britânico Arthur Marples, que adulto mediu 9,5 cm no comprimento e 7,11 cm na cernelha.[63] No cinema, figurou ao lado de Audrey Hepburn em Funny Face; Na tv, esteve ao lado de Carmen Electra no programa Til Death Do Us Part: Carmen and Dave; E na literatura, foi Yorky em Fred Basset de Alex Graham.

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"TOSSE DOS CANIS": RISCO       AOS CÃES AUMENTA NOS MESES MAIS FRIOS DO ANO




Traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como “tosse dos canis”: risco aos cães aumenta nos meses mais frios do ano

A gripe canina afeta diretamente o sistema respiratório dos cães. A Merial recomenda intensificar a vacinação dos cães nos meses mais frios do ano.

No inverno, o clima frio e seco favorece o aparecimento da gripe, facilmente transmitida por meio da tosse e do espirro. Com os cães não é diferente, a traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como “Tosse dos canis ou gripe canina” , é uma doença aguda e altamente contagiosa, cuja melhor forma de prevenção é a imunização.

Os agentes causadores mais freqüentes são a bactéria Bortedella bronchisseptica e os vírus da Parainfluenza e adenovirose canina tipo 2. A transmissão ocorre mais freqüentemente quando há aglomeração de animais, por exemplo, em parques, praças, canis, hotéis para cachorros, abrigos e loja de animais. O principal sintoma é a tosse seca e repetida que freqüentemente piora com os exercícios físicos, agitação ou mesmo pela pressão da coleira. Outros sintomas, como secreção nasal, falta de apetite e febre, podem ser indícios de quadros mais graves da gripe canina.

Segundo o médico veterinário Leonardo Brandão, gerente técnico de pequenos animais da Merial, os mais atingidos pela gripe canina são os filhotes recém-desmamados, que ainda não têm a imunidade fortalecida. Entre os adultos, também estão vulneráveis à contaminação os animais debilitados por outras doenças, submetidos ao estresse ou que passaram por longas viagens, confinamento em clínicas, hotéis, exposições, ou ainda, submetidos à alimentação inadequada.

Para prevenir a traqueobronquite infecciosa canina, o médico veterinário da Merial informa que a solução mais adequada é a imunização. “É de extrema importância a vacinação anual dos animais, a qual protege durante o ano todo”, afirma Brandão. “Outros cuidados devem ser levados em consideração, como manter o animal protegido do frio, da umidade e do vento (se necessário providencie roupas próprias para animais); evitar banhar os animais nos dias frios e as aglomerações de cães durante o inverno, e ainda, isolar os animais doentes”, completa o veterinário da Merial. Deve-se lembrar que, como para a gripe humana, as vacinas contra a gripe canina minimizam os sintomas da doença, mas podem não impedir que os animais desenvolvam sintomas brandos. Em alguns casos, episódios de tosse e espirros podem ocorrer mesmo nos animais vacinados. “De todo modo, a vacinação é a melhor forma de prevenir a doença”, completa Leonardo Brandão.

Solução Merial Saúde Animal: A Merial, líder mundial em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias em saúde animal, disponibiliza a vacina Pneumodog®, que estimula a proteção dos cachorros de forma extremamente eficiente e segura.

Mais informações sobre a linha de produtos para pequenos animais da Merial podem ser obtidas pelo site: www.merial.com.br ou pelo SAC 0800 8887387.
Vida

1 de junho de 2011

Meu cão não quer comer, O que eu Faço

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Como estimular o cão a comer

Revista Cães e Cia, n. 335, abril de 2007 
Há várias dicas para aumentar o interesse pelas refeições quando o cão reluta em comer
Kia uma bela Yorkieshire Terrier
A maioria dos cães adora comer - parece estar sempre com fome. O estado de apetite permanente é considerado uma característica normal da espécie canina. Durante a sua evolução, nem sempre havia alimentos disponíveis. Era preciso comer cada vez que aparecia uma chance, e o cão devia estar sempre disposto a se alimentar.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Ver os   proprietários implorar para que seus  cães comam é bastante normal. Misturam caldos e petiscos à ração, variam nas marcas tentando encontrar algo que aguce mais o apetite e dão até comida com a mão. Curiosidade: certa vez vi um funcionário de hotel para cães dizer a dois Dogues Alemães palavras como “macarroni” e “mussarela”, com sotaque peculiar italiano. Ele me explicou que, para comerem, precisava conversar com os Dogues, conforme instruções que recebera por carta dos donos dos cães, um casal de italianos. Como os Dogues não estavam comendo, o funcionário decidiu falar com os cães na língua dos proprietários deles. Morri de dar risada!
Quando a falta de apetite não é causada por problema fisiológico nem doença, pode-se estimular os cães a comer com o uso de diversas técnicas comportamentais.
Efeito “outros cães”
Quem tem mais de um cão em casa e quer estimular o apetite deles pode colocar os pratos com alimento próximos um do outro. Como animal competitivo que o cão é, quando percebe outros cães interessados na comida dele, passa a ingeri-la para evitar que a roubem. Esse comportamento é instintivo, herdado dos ancestrais que, se não comessem ou comessem devagar, ficariam em desvantagem.
Abrir o apetite
Um pequeno mal-estar, causado talvez por uma leve gastrite, pode deixar o cão indisposto para começar a comer. Ele olha para a refeição sem ânimo ou até com sinais de não estar passando bem (virar a cabeça, contrair o abdômen). O truque é você dar a ele alguns grãozinhos de ração ou um petisco, longe do prato de comida, para ver se ele melhora e se interessa pelo prato de ração. Quando o cão é adestrado, há, ainda, a possibilidade de praticar alguns comandos com ele e recompensá-lo com um pouquinho de ração ou com petisco em cada acerto, para abrir o apetite.
Menor quantidade
Antigamente era comum alimentar os cães adultos apenas uma vez por dia. Hoje se sabe que o ideal é eles comerem pelo menos duas vezes por dia, para evitar alguns problemas de saúde como gastrite e complicações, como torção gástrica.
Há cães que sentem mais apetite numa determinada hora do dia ou que se alimentam compulsivamente em determinadas situações de estresse. Esses, com freqüência, recusam alimento durante o resto do dia. Tanto que uma parte dos cães com ração à disposição o tempo todo alimenta-se só uma vez por dia.
Quando o cão não come uma das refeições, os donos ficam aflitos e sempre compensam colocando mais ração na refeição de maior interesse dele. O problema é que o excesso de alimento numa refeição reduz o apetite na próxima. Por isso, recomenda-se fazer o oposto nesse caso: diminuir um pouco a quantidade de comida oferecida a cada vez, para o cão comer sempre com apetite.
Há cães que só se alimentam quando os proprietários chegam em casa. Nesse caso, diminui-se a quantidade de comida oferecida na refeição em que estão mais estimulados, para também comerem bem na outra.
Reforçar o ato de comer
Muitas pessoas não sabem, mas treinam seus cães para recusar alimento. Esse comportamento é reforçado quando o cão percebe que, se não comer, o dono fica e conversa mais com ele, e até lhe dá comida na boca. Se for um cão carente, o comportamento será ainda mais influenciado. O grande problema, nessa situação, é que, na ausência do dono, o cão fica sem se alimentar e pode até passar fome. E, se sofrer de ansiedade de separação, as conseqüências tenderão a ser mais evidentes. O melhor é tentar corrigir o hábito pouco a pouco, sem jamais deixar faltar comida ao cão por muito tempo. Para tanto, há um conjunto de iniciativas que podem ser adotadas: oferecer ração mais saborosa, diminuir um pouco a quantidade servida para aumentar o apetite e evitar falar com o cão se ele não estiver comendo a refeição servida. Ou, então, ignorá-lo se ele não der atenção à refeição e elogiá-lo enquanto se alimenta.





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Quarta Feira