28 de julho de 2011

Carrapato estrela o que fazer/ como combater esse mal

 Carrapatos – como combater e controlar

Os carrapatos são artrópodes da classe Arachnida e seu ciclo de vida possui três fases: larva, ninfa e adulto. Cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia.

Carrapato - cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia (foto: reprodução / Wikipedia)
foto retirada do site dogdicas

Com o verão se aproximando e com ele o aumento da temperatura, aumentam também as infestações de carrapatos. Estes parasitas de “oito pernas”, além de causarem grandes transtornos e desconforto, também transmitem doenças para os animais e para o homem.
Por isso, saber como combater carrapatos de forma eficaz é importante não apenas para garantir a saúde do seu cão, mas também a da sua família.
Os carrapatos são artrópodes da classe Arachnida, a mesma das aranhas, e tanto os machos quantos a fêmeas se alimentam de sangue (são hematófagos). Os carrapatos mais comuns nos cães são da espécie Rhipicephalus sanguineus (conhecido como carrapato-vermelho-do-cão), porém o cão também pode ser parasitado acidentalmente por outras espécies, como o Amblyomma (carrapato estrela) encontrado em áreas rurais ou de mata. O ciclo de vida dos carrapatos, independentemente da espécie, possui três fases: larva, ninfa e adulto, onde cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia.
Ao contrário do que parece, os carrapatos não ficam todo o tempo fixados ao animal. Para colocar os ovos e para fazerem as mudas, eles deixam o cão e vão para o ambiente. É comum ver carrapatos saírem do animal e subirem nas paredes ou para as pontas da grama e das plantas. Isto ocorre porque o carrapato do cão possui geotropismo negativo, ou seja, quando deixa o cão que estão parasitando sobem para locais mais altos, para encontrar e se fixar em um novo hospedeiro que esteja passando pelo local.
Os carrapatos causam diversos problemas ao animal enquanto se alimentam. Nos cães, causam coceira, incômodo, e também podem causar anemia e transmitir doenças que podem ser fatais, como a babesiose e a erliquiose, conhecidas como “doenças do carrapato”. Devido ao seu ciclo de vida, um único carrapato pode parasitar vários hospedeiros diferentes, entre animais e seres humanos. Isto aumenta as chances de transmissão de doenças, pois uma vez que ele se alimente do sangue de um animal infectado, transmitirá o agente etiológico da doença para os demais hospedeiros que irá parasitar. Além dos cães, os carrapatos podem transmitir agentes que causam doenças graves nos humanos, como a Febre Maculosa e a Doença de Lyme. A prevenção da infestação e o combate aos carrapatos são as melhores maneiras de impedir que essas doenças ocorram.
É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão
O uso de carrapaticida no ambiente e no cão são os principais métodos de controle. Existem no mercado diversos produtos eficientes para se combater carrapatos, uns para serem usados no cão e outros para serem usados no ambiente. Entre os produtos usados no cão há a ivermectina, a selamectina, o amitraz, os piretróides, o fipronil e outros. Quando a infestação é grande, pode ser necessário mais de uma aplicação do carrapaticida para matar todos os carrapatos. Nos casos de animais com pêlos longos, recomenda-se a tosa para facilitar o tratamento. É preciso cuidado na escolha e aplicação desses produtos e eles só devem ser usados sob prescrição e orientação do médico-veterinário, pois alguns deles podem causar intoxicação. No caso da ivermectina, seu uso é contra-indicado em algumas raças, como Collie, Pastor Alemão, Pastor de Shetland, Pastor Australiano, Setters, Old English Sheepdog e seus cruzamentos. Também é contra-indicado o uso da maioria dos carrapaticidas em filhotes, gestantes e fêmeas em lactação.
É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão, principalmente dentro das casinhas, paredes, muros, portões e no chão, com atenção especial para as frestas que costumam abrigar grande número de carrapatos em diversos estágios do seu ciclo de vida. É necessário retirar o cão para aplicá-los no ambiente porque esses produtos podem causar intoxicação. As camas, cobertores e acessórios devem ser bem lavados para retirar qualquer carrapato que tenha se alojado. Se a infestação for grande, é necessário que o produto seja aplicado semanal ou quinzenalmente, para matar todos os carrapatos .
Para a prevenção, deve-se aplicar regularmente no cão um produto com boa ação residual (de 3 a 4 semanas), e/ou usar coleiras carrapaticidas. Impedir o acesso do cão a áreas onde existam cavalos, bois e animais silvestres é uma boa prática para evitar a infestação acidental por outras espécies de carrapatos. Se não for possível, aplique um carrapaticida no seu cachorro, antes ou depois do passeio. Lembre-se que o combate às infestações de carrapatos é um trabalho que exige paciência e persistência, podendo demorar semanas até que o problema resolvido e os carrapatos, eliminados.

A Febre Maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada por uma bactéria transmitida por carrapatos. A Febre Maculosa é uma zoonose, ou seja, uma doença que ataca homens e animais (entre eles, o cão) e pode levar seres humanos e animais à morte.

Essa doença provém de uma bactéria chamada Ricketsia rickettsii .

Quem "carrega" (vetor) essa bactéria é o carrapato, mais especificamente o da espécie Amblyoma cajannense , também conhecido como "carrapato-estrela", "carrapato-de-cavalo" ou "rodoleiro". Outros carrapatos são apontados também como vetores na literatura científica em outros países.

As fêmeas de carrapatos podem pôr de cinco mil a oito mil ovos antes de morrer, e os carrapatos infectados pelas bactérias irão transmitir a doença.

Diversos outros animais ajudam a manter o ciclo da doença. Isso se aplica aos animais de companhia, como cães e gatos, aves domésticas (galinhas e perus) e outros mamíferos, como cavalo, boi, carneiro, cabra, porco, veado, capivara.
• Como ocorre a transmissão da doença.

A Febre Maculosa é transmitida pelo carrapato infectado. A partir de quatro a seis horas (depois da fixação do carrapato) a doença já pode ser transmitida.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os "carrapatinhos" ou "micuins" são as larvas do mesmo carrapato-estrela, e não necessariamente de outra espécie de carrapato. Da mesma forma, os "vermelhinhos" são as ninfas (formas intermediárias do ciclo de um mesmo carrapato). O homem é intensamente atacado nas fases de larvas e ninfas que podem transmitir a Febre Maculosa .

Após a picada pelo carrapato infectado, existe um período de incubação da doença, que pode durar de 2 a 14 dias. Há inúmeros relatos de mortes em várias cidades do Estado de São Paulo e outras regiões do Brasil.

• Principais sinais e sintomas da Febre Maculosa no homem.

A doença começa subitamente com a presença de febre alta, dores de cabeça e dores musculares. Geralmente no quarto dia, surgem manchas róseas nas extremidades, em torno do punho e do tornozelo, tronco, face, pescoço, palmas das mãos e solas dos pés.

Alguns casos podem ser extremamente graves, ocorrendo necrose (morte) de tecidos. Nota-se inchaço das pálpebras e rosto, bem como das pernas, que apresentam aparência brilhante. Tosse e queda de pressão são freqüentes.

Um dos problemas mais graves no diagnóstico da Febre Maculosa está na semelhança dos seus sintomas iniciais (febre, dor de cabeça, etc.) com os de outras doenças mais comuns, como a gripe. Isso faz que as pessoas muitas vezes não procurem o tratamento adequado no início do processo e a doença evolua para um quadro mais grave. Cerca de 80% dos indivíduos com forma grave, se não diagnosticados e tratados a tempo, evoluem para óbito.

Diante desses sintomas associados a um histórico de contato com carrapatos, procure um serviço médico imediatamente, e não deixe de comunicar que pode ter sido picado por carrapatos.

O tratamento se faz com antibióticos, além de outros cuidados por causa de possíveis complicações, principalmente renais, neurológicas e pulmonares.
• Como minimizar o risco de transmissão da Febre Maculosa.

Cães e gatos são animais extremamente propícios à infestação por carrapatos, mantendo esses parasitas no ambiente doméstico.

É impossível exterminar definitivamente os carrapatos, visto que eles podem ser trazidos por roedores e aves e ter um ciclo muito longo. O carrapato é um parasita extremamente resistente ao ambiente. Um único carrapato pode sobreviver por até dois anos, desenvolvendo seu ciclo.

Esteja sempre atento quando visitar locais propícios à existência de carrapatos, como sítios, fazendas, jardins, etc. Hoje em dia, com a maior proximidade dos animais nos lares e a constante realização de passeios em locais infestados, as pessoas correm mais riscos de se infectar, se não houver um programa de controle adequado.
Mantenha sempre os seus animais de estimação protegidos com FRONTLINE® , pois, mesmo que o carrapato se fixe, ao entrar em contato com o produto, será morto. A utilização mensal de FRONTLINE® diminui o risco da transmissão da doença, já que mata os carrapatos rapidamente. Além disso, é um produto extremamente seguro, tanto para animais quanto para seres humanos.

FRONTLINE® é o produto mais recomendado por Médicos Veterinários e um dos mais utilizados no mundo para controle de carrapatos em cães e gatos.

É importante salientar que FRONTLINE® não é repelente. Ou seja, ele permite que o parasita suba e seja eliminado no próprio animal. Produtos repelentes podem fazer com que o carrapato vá buscar alimento (sangue) em outros animais ou mesmo nos seres humanos, infectando-os.

Diminuir ao máximo a possibilidade de os carrapatos sobreviverem nos animais é uma das maneiras mais eficazes de manter a segurança de seu animal de estimação e de sua família.

• Cuidados para proteger você e seu pet:
Nunca esmague com as unhas nem queime um carrapato para removê-lo da pele, pois isso pode liberar as bactérias transmissoras da febre maculosa. Retire-o com calma com uma pinça, girando-o lentamente.

Evite caminhar com seu pet em áreas sabidamente infestadas por carrapatos em sítios e fazendas. Se o fizer, vista calça comprida com a barra por dentro das botas e lacre a borda com fita adesiva. Vista roupas claras para facilitar a visualização de carrapatos e faça uma inspeção ao retornar desses passeios.

Caso você ou alguém de sua família seja picado por carrapato e comece a apresentar algum sintoma, como febre alta ou dor de cabeça, informe imediatamente seu médico.

Faça aplicação mensal com FRONTLINE® em cães e gatos para minimizar o risco da transmissão de doenças e assim protegê-los.
FONTE: Merial - www.merial.com.br

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